sexta-feira, 28 de maio de 2010

O tempo está passando e eu não consigo voltar.

Eu não consigo controlar o ponteiro do relógio, muito menos os dias que vão sendo riscados no calendário.

Eu tento recordar todas as noites as belas imagens, pra nunca serem esquecidas da memória. Mesmo sem querer. Ou relembro “quase sem querer”.

Eu não quero que o tempo apague as lembranças, nem mesmo as que não foram vividas. Eu não quero me esquecer de palavra alguma, de sorriso algum. Eu não quero que o tempo passe e vá sutilmente apagando a imagem que eu não quero esquecer.

As lembranças trazem a recordação do que eu não consigo ‘deslembrar’. Talvez nem queira. Não sei bem.

Fecho os olhos e posso sentir. Posso ouvir, posso até mesmo tocar.

São imagens, são figuras, são vozes, sons e texturas. São lembranças que eu nunca entendi o porquê de não terem sido vividas.

Foram desejos imediatos não atendidos, espera não agendada. Ocupação que não foi preenchida...

Caberia um último pedido, talvez. “Então me abraça forte, me diz mais uma vez que já estamos... distantes” – sim, distantes das certezas tão exatas. Eu não carrego a dúvida de que a promessa foi eterna e o desejo foi intenso, mas... e as palavras? E os olhares? Não, nem foi tempo perdido. “Somos tão jovens, tão jovens”.


“Aquele gosto amargo do teu corpo ficou na minha boca por mais tempo. De amargo então, salgado ficou doce. Assim que o teu cheiro forte e lento fez casa nos meus braços e ainda leve, forte, cego e tenso fez saber que ainda era muito e muito pouco (...)” – L.U.

quinta-feira, 27 de maio de 2010


"Já conheci muita gente, gostei de alguns garotos
Mas depois de você... os outros são os outros

Ninguém pode acreditar na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi o meu melhor
namorado

Procuro evitar comparações entre flores e declarações
Eu tento te esquecer... A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
(?)
Depois de você, os outros são os outros e só"

(Os Outros - Kid Abelha)

* Sem palavras pra descrever a saudade. Pure and simple...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Olhar para trás pode ser uma forma de viver a saudade.
Mas ainda assim eu confesso que prefiro arriscar o presente em conjunto com o futuro.
Eu escolho os acontecimentos e sei dos pensamentos que arquivo na pasta da memória.
Mas é rápido, porque hoje pode ser, amanhã já nem eu sei.

Por isso, três pontos importantes a serem ressaltados:

1. Enjoar fácil significa abandono. Ou seja, o início é o que vale, nada de deixar para depois, porque o prazo é curto.

2. Ou decide esquecer ou decide investir.

3. Eu não quero mais.

Je suis desolé.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Notícia sem cheiro que me veio de graça, sem preço nem apreço. Eu, que tanto não quis, hoje lamentei o fim do jogo. Foi game over.

“Aqueles dias foram inesquecíveis”... pode até ser. Mas... e os outros? Foram indecifráveis? Indescritíveis?''“Inentendíveis''” pro meu mundo.

Prender por vontade e estar preso por vontade tem uma grande diferença. Talvez eu não tenha tido ânimo suficiente para a primeira e você, desistido da segunda opção.

O vinho, cor do sangue, da dor, do nobre sentimento que tem o significado de um pedaço do amor... do carinho, da compaixão - que agora se desfaz como água destilada, como sangue lavado.

Um minuto de silêncio... pra organizar e acostumar as minhas idéias, pra amadurecer o meu pensamento e me conformar com o acontecimento.

Il était une fois… le fin!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Da mesma forma como as promessas soaram sutis aos meus ouvidos, eu saí de cena. Mas sair de cena não significa dizer que a imagem guardada na memória tenha sido riscada ou que o pensamento tenha sido descartado. É só uma maneira de fazer distante a vontade de viver todas as promessas, todas as palavras. Para acreditar nisso eu precisei tentar acreditar em outras palavras e fixar em outros olhares. Agora só restam as fotos guardadas e a certeza de que arriscar é sinônimo de realizar. Mas terminar a margem do caderno não significa o fim de uma ‘estória’.