sábado, 23 de novembro de 2013

Voc(L)ê



"Somos especiais um para o outro. E eu tenho cada dia mais certeza disso.
Você me faz ver as formas por outro ângulo, as coisas de outra maneira.
Você me faz calma e intensa, ao mesmo tempo.
Você me faz alegria e saudade, no mesmo momento.
É um paradoxo. Você... e eu.
Você me faz acreditar em coisas inacreditáveis; me faz esperar por coisas inesperadas.
Você me faz perder o sono no meu dia de cansaço e me faz renovada numa manhã qualquer.
Você me faz sentir o que eu nunca toquei e me faz gostar de algo que eu nunca experimentei.
Você me faz confundir sensações, gostos, gestos e fatos. E eu nem me importo. Eu gosto.
Se estava, desde o princípio, dentro de mim - como você insiste em dizer - de qualquer forma foi você quem encontrou.
E se está dentro de você, eu quero descobrir.
Porque te ter nos meus dias tem sido a melhor sensação dos últimos tempos. E eu não quero deixar passar.
Quando eu digo que a sorte é minha de ter te encontrado, você sempre me corrige.
Então, que sorte a nossa! Como você meso me disse... um dia".

"Ela me faz tão bem, ela me faz tão bem
Que eu também quero fazer isso por ela"
- Lulu Santos -

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vento

Eu ouço o barulho do vento, e da minha sacada ele uiva ainda mais forte.
Estou agora numa altura de 17 andares e escuto o vento. Forte, bravo, isolado.
Só escuto o vento. Só.
Está escuro, porque as luzes estão apagadas. Estou deitada na cama e escuto o meu celular tocar. É uma mensagem me mostrando o quanto você é importante pra mim. É a minha metade distante, mas que foi constante por 12 anos.
De repente eu sinto uma lágrima escorrer. Eu não chorei por muito tempo enquanto estive aqui sozinha. Algumas raras vezes, talvez. Me fazer forte me fazia sentir mais forte. E eu acreditava ser.
Mas a mensagem era tudo o que eu precisava pr’aquela lágrima enroscada deslizar. E foi assim.

Depois vieram os devaneios, os pensamentos e a solidão. E aqueles medos se fizeram presente... novamente.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Medo


E a vida foi passando, sem consciência, inconsciente.
Era errado, era sabido, mas a vida ia levando e ela ia vivendo.
Era o impulso da vida compulsado com a correnteza da existência.
E lá estava ela: vivendo os momentos mais desejados que foram tão reprimidos.
Quando a maré sobe, ela vive a impulsão, o delírio.
Na maré baixa, bate a depressão, a saudade, a dor e a consciência.
Ela pensa na vida, mas tem medo de pensar. Ela tem medo de descobrir.
No fundo sabe. Ou imagina. Mas tenta nao saber. Tenta esconder e desconhecer.
E tem dias em que a lágrima escorre e ela tem medo do mundo.
Tem dias que ela tem medo da vida, medo do errado.
Tem dias que ela se encolhe na cama e chora, pensando na dor. No depois.
E dorme.
Depois ela acorda. Com medo, de novo. Já esta tudo errado. Já foi feito tudo errado.
E agradece os dias que são vividos, porque sao esquecidos os pensamentos.
E quando ela lembra, antes de dormir, pede paz e proteção. Porque continua tendo medo.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dois rios

Sem eu escolher, você passou e eu nem vi. Dizem por aí que a escolha foi minha, que o coração já estava transbordando. Mas um dia, quando meu olhar cruzou com o seu, eu senti que era especial. E foi assim que eu te conheci, em meio a uma vida perturbada e com algumas alegações de insatisfações. Com pequenas intolerâncias, reclamações e certezas de não mais. Somado a isso, veio a vontade de querer mais, de querer conhecer mais, de querer sentir mais. E por você dizer isso, eu achei que a reciprocidade fosse sincera. Mas, então? Então cada um tem a sua vida, que é ocupada por preocupações que não nos cabe dividir. Até alguns dias passados eu tinha, no fundo, uma esperança que pudesse dar certo. Hoje, eu tenho aqui comigo a certeza de que todo mundo vai se machucar.

terça-feira, 9 de julho de 2013

A manhã e amanhã


E eu que já ouvi seu não agora insisto sim na sua indecisão. 
Eu sinto que quero e sinto que não, eu penso que espero e largo de mão.
Eu decido que sim e vou atrás até você me perguntar porque eu vim
Aí eu recuo pensando porque você não sabe se sim
Eu nunca entendo porquê você me procura se me esquece já pela manhã
Eu nunca entendo porque você me esquece se vai me procurar amanhã...


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Mudança


A manhã cinzenta de hoje já me acusava a sua ausência. Mesmo eu nunca tendo cruzado o seu caminho em meio a tanta gente, eu sabia que você estava ali, tão perto, apesar de tão distante. Em todas as vezes que eu te procurei, eu nunca te encontrei. Talvez você já tenha se perdido propositalmente em meio aos passantes ao me ver passar. Talvez isso já tenha acontecido.
Eu já sentei no banco da praça me agarrando na esperança de te ver passar. Já parei no café esperando te ver entrar. Já almocei em restaurantes acreditando na sorte de te encontrar. Mas nesses tantos meses eu nunca te vi passar, nunca te vi me olhar. Os frequentes desencontros ocasionais me davam alguma desconfiança de que eram propositais.
Mas agora que as chances findaram, eu sinto um alívio bem aqui dentro, porque eu sei que pode não existir mais qualquer motivo a ser evitado. O novo começo pra você pode ser um novo começo pra mim também. Pode ser um novo começo pra nós dois. E agora?

terça-feira, 11 de junho de 2013

Apesar disso ♥


Eu tive medo de te conhecer, tive medo de me aproximar e de me apaixonar. Tive medo de apresentar a minha vida ao tempo de conhecer a sua. Tive medo de cruzar nossos caminhos na incerteza de não saber seguir a trilha. Tive medo de me apegar com o tempo e ele me mandar pra longe. E tive medo de te olhar no fundo dos olhos e enxergar dentro do seu coração. Tive medo de ver dentro de você, de saber demais de você e de me apresentar para você. Eu tive medo dos novos sabores, dos novos gostos, dos novos horizontes. Eu tive medo da chuva fria, do sol quente e da sombra fresca. Tive medo de trocar carinhos, de me tornar sua e, de repente, você ser meu.
Mas o tempo foi passando e, sem nem notar, eu já era sua. Sem nem notar eu já trocava carinhos e você já era meu, ainda que só naquele instante. Sem notar eu me divertia na chuva fria, me acalorava no sol quente e me deliciava na sombra fresca. Sem nem notar eu já experimentava os novos sabores, já sentia os novos gostos e olhava os novos horizontes. Sem nem notar eu enxergava dentro de você, eu sabia muito de você mesmo sem saber nada e, sem nem notar, eu me apresentei a você. Sem notar eu já enxergava o seu coração por olhar tão fundo nos seus olhos. Sem nem notar eu já havia me apegado, porque o tempo já havia passado. Mas apesar disso, eu continuava tendo a minha vida, enquanto você seguia sozinho a sua. E, talvez por isso, nossos caminhos não se cruzaram. E o tempo acabou nao me mandando pra longe. Então a história continuou sem existir. Apesar de tudo isso!

"I sit here on the stairs 'cause I'd rather be alone
If I can't have you right now, I'll wait, dear
Sometimes I get so tense, but I can't speed up the time
But you know, love, there's one more thing to consider"
Patience - Guns N' Roses

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eu nem sei ♥


Eu recordei cada mensagem, como se eu pudesse (re)viver cada momento. O primeiro contato, o primeiro adeus, a primeira saudade e a última vez. E depois, tudo de novo.
As esperas e as angústias descritas em mensagens vazias e duvidosas delineavam o conto de meias páginas e alguns fins, sem nunca, até hoje, ter fim.
E então, eu apaguei as lembranças físicas, deixando na memória só aquilo que o coração nao deixa esquecer.
E a história continuou apenas com início, sem fim e com meio que nao se define nem em amor, nem em saudade. É só carinho, admiração, cumplicidade e vontade. Só tudo isso que me deixa esperando uma história que não tem começo e, se existe, nem sei.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sem razão


Eu ainda consigo me lembrar do seu olhar, tão doce, no nosso último encontro. 
Eu consigo me lembrar dos detalhes de cada gesto, de cada abraço, de cada palavra trocada. Era carinho.
Eu consigo me lembrar de chegar, de você me receber no portão, sem camisa, com o corpo quente, frágil. Depois de me dar a mão, me acompanhando a cada degrau.
Eu me lembro de tirar minha sapatilha, de cruzar as pernas em cima do sofá e te acariciar, sentindo o seu carinho.
Depois, você apareceu abraçado com muitos travesseiros, e eu tirei meus brincos, deixando-os em meio aos seus óculos. Eles ainda existem?
Depois disso eu me lembro que foi carinho, foi inocência e inconseqüência, sem culpa.
Eu fui embora acreditando que eu te veria no dia seguinte, e depois, e depois, e depois... Mas eu nao te vi nunca mais.
Sem qualquer palavra você desapareceu da minha vida, sem nunca mais se fazer presente.
E eu fiquei esperando, até ter certeza de que você nao voltaria mais, sem eu saber porque motivo, sem você me dar qualquer explicação.
Eu pensei e imaginei absurdos, mas ninguém pode culpar um ato inconsequente, ainda que consciente.
Eu fiquei tempos pensando em alguma explicação por você ter desaparecido, pensando em erros, desacertos e descompassos... 
Você imagina o que é apenas imaginar, sem imaginar? Sentir culpa, medo, dor, aflição, arrependimento? Agora imagine você em uma situação desconhecida, vende os olhos e tape os ouvidos. O que vc sentiria?