quinta-feira, 29 de julho de 2010

Recomeço


"Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor

Pra recomeçar

Pra recomeçar..."

Recomeçar é sinônimo de injeção de ânimo, coragem e força para partir do ponto de parada e (re)iniciar a nova caminhada.
O cansaço foi persistente. Eu demorei tempos para perceber que o recomeço é um certificado de honra também.
Melhor que a desistência e a covardia é a ousadia da coragem, eu aprendi.

Ainda que nada seja nos moldes programados e nos modelos previstos, foi assim.
Foi desse modo, com a escolha mais certa.
E como você mesmo diz, a melhor premiação já nos foi garantida.

sábado, 17 de julho de 2010

Receita - ao contrário.



Faça isso.


Pegue a receita concedida com prazer e use-a ao contrário.
Faça a descrença valer mais que as palavras e os fatos mais que sonhos.
Faça "des"acreditar. Pratique a decepção.
Deixe os planos na folha de rascunho esquecidos.
Esqueça também as poucas promessas.
Risque a folha de planejamento, rasgue as lembranças.
Dê valor ao arrependimento. Às escolhas errôneas.
Deixe um bilhete antes de ir avisando-me se vale a pena esperar.
E só apague a luz quando sair.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Recomeço


Há sempre histórias.
Algumas são aquelas vividas de forma instantânea, que chegam a ser profundas, mas passageiras. Outras, apesar de instantâneas também, são mais intensas e deixam sempre saudade.

Conhecer realmente uma pessoa em tão pouco tempo é algo extraordinário. A consciência do conhecimento imediato dá a intensa sensação de sinceridade e total entrega.

Eu podia ler os olhos. Eu podia sentir o cheiro da pele e podia desejar. Apenas. A sinceridade acondicionava às conseqüências... e eu optei por não ultrapassá-las, diferente do que senti.

Sem explicação qualquer houve a ruptura imediata de carinho absorvente, de necessidade envolvente. Eu desisti de querer não mais sentir. Mas foi após a conversa sincera que eu decidi não mais resistir.

Optei por discursar os insanos pensamentos, os sinceros sentimentos e os mais secretos acontecimentos. E passou.

Recomeço a escrever outro capítulo. 

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Bula


Remédio pra consumir em doses homeopáticas, diárias e de uso contínuo.

Não há contra indicações em caso de superdosagens.

domingo, 4 de julho de 2010

Pré conceitos


Opiniões pré concebidas não fazem o meu estilo. Estilo de pré julgamentos e pré moldagens nunca me foram bem vistos.

Eu sou da opinião de receber às claras as idéias de forma mais transparentes, na pura inocência, para só então, depois de um tempo suficiente, poder ter à frente minha própria conclusão.

Meu “conceito” é moldado com o tempo, de forma com que a sinceridade da convivência possa me mostrar os defeitos e os atributos. De forma com que possa ser escrito pelo próprio sujeito passivo, sem minhas cômodas intervenções ou de terceiros.

Mas não é de se estranhar dizer que existem certas exceções para determinadas regras. E é quase absoluta a afirmação de existir uma exceção para cada regra.

A exceção a que me refiro no momento é a sua. Ou você. No meu conceito coube a exceção do seu pré julgamento. Da sua pré moldagem feita por mim.

O contraste que enxergo hoje se revela nas suas atitudes que são opostas a tudo que eu esperei. Incrível o resultado da equação pré concebida. É o oposto do resultado que eu tinha, é o oposto do gabarito elaborado por mim.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vocabulário da Vida



Eu gosto de postar rascunhos rabiscados por mim mesma.
Aqueles desamassados da lata de lixo, depois de arremessados na tentativa de riscar outro rascunho.
Mas esse texto, de Luiz Gonzaga Pinheiro é realmente lindo.
É o vocabulário da vida explicado com sentimento, sem formalidades.
Para se consultar sempre.

"Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica. 
Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta. 
Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser amigo que ainda não abraçamos. 
Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte. 
Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o fago em caca dedo. 
Ciúme: É quando o coração fica apertado porque confia em si mesmo. 
Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que o tratamos. 
Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama. 
Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás. 
: É quando a gente diz que vai escalar um everest e o coração já o considera feito. 
Filhos: É quando deus entrega a jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la. 
Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia. 
Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante. 
Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro. 
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama. 
Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele. 
Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.
Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser. 

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade. 
Netos: É quando deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los. 
Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia. 
Orgulho: é quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante. 
Paz: É o prêmio de quem cumpre o dever. 
Perdão: é uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria. 
Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz. 
Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores. 
Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece. 
Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz. 
Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo. 
Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro. 
Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio. 
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho. 
Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto. 
Supérfuo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro. 
Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas. 
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior".

Texto retirado do livro: "O homem que veio da sombra".