Não entendo bem o porquê, mas tenho momentos em que ficar sozinha é muito mais que necessidade. E eu parei de tentar entender e me forçar na busca de uma resposta.
Eu preciso, às vezes, ficar comigo mesma, sozinha, pensando nas minhas conquistas e nos meus tropeços, estes que me marcaram tanto e, numa recuperação tão ardilosa, me atrasam na realização de alguns sonhados planos.
Mas eu sei que um dia eu vou me entender, me perdoar. Às pessoas ao meu redor, espero que entendam a minha vontade inexorável e inquietante de ficar silente. Eu fui explosão viva, depois, passei pela calmaria sazonal. Meus amigos não entenderam, mas a temporariedade da calmaria se findou e eu me recolhi, ou melhor, continuei recolhida. Ainda que eu queira, tento fixar em mente que não preciso provar nem a mim mesma os reais motivos da minha internação. Portanto, não me julguem, se isso não for pedir muito.
Continuo com a mesma essência, porém, agora mais recolhida a ambientes internos. A luz do Sol por enquanto eu vejo pela janela, até o momento certo de sair na chuva, lavar a alma, para depois me secar ao Sol.
"Sou terrivelmente instável, e entender as minhas reações
é coisa que, às vezes, nem eu mesmo consigo"
- Caio Fernando Abreu -