quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Levada e varrida


E tanto tempo já se passou que eu nem sei mais precisar cada data. Foi naquele dia em diante em que decidi apagar cada memória, cada lembrança, que eu derramei as últimas lágrimas pensando em uma história que eu nem posso chamar de minha. Eu apaguei as fotos, as imagens e as mensagens que me fizeram acreditar em cada promessa, em cada palavra que jurava encontros e futuro.
O tempo passou e eu nunca mais te vi, nunca mais te ouvi.
Num desses encontros com o tempo eu tive notícias suas. E foi num dia frio, exatamente como aquele em que eu dormi no calor do seu corpo.
Mas agora eu nem sei mais por onde anda, nem sei mais o que te faz bem.
E o tempo continuou a passar. E a história foi sendo levada, varrida pelo destino.

"Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso
Tempo, tempo, tempo, tempo... 
Quando o tempo for propício"
- Maria Gadú -

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Sem continuidade e sem fim



É justamente nas horas vazias do relógio que o meu telefone toca e eu recebo o convite para um encontro. Justamente na hora vazia, no momento silencioso que a sua voz ecoa pelo telefone. E tem sido assim, em uma ligação. Tem sido dessa forma, com um toque, que se torna uma explosão. Tem sido com um convite, que se torna a repetição de toda a história que a gente já sabe que não tem continuidade... nem fim.

"Written in graffiti on a bridge in a park
Do you ever get the feeling that you're missing the mark?
It's so cold it's so cold"
- Coldplay -