quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vento

Eu ouço o barulho do vento, e da minha sacada ele uiva ainda mais forte.
Estou agora numa altura de 17 andares e escuto o vento. Forte, bravo, isolado.
Só escuto o vento. Só.
Está escuro, porque as luzes estão apagadas. Estou deitada na cama e escuto o meu celular tocar. É uma mensagem me mostrando o quanto você é importante pra mim. É a minha metade distante, mas que foi constante por 12 anos.
De repente eu sinto uma lágrima escorrer. Eu não chorei por muito tempo enquanto estive aqui sozinha. Algumas raras vezes, talvez. Me fazer forte me fazia sentir mais forte. E eu acreditava ser.
Mas a mensagem era tudo o que eu precisava pr’aquela lágrima enroscada deslizar. E foi assim.

Depois vieram os devaneios, os pensamentos e a solidão. E aqueles medos se fizeram presente... novamente.