quarta-feira, 28 de abril de 2010


Talvez eu tivesse a certeza da ausência de palavras. Eu poderia até saber o significado do vazio, e acredite, eu sabia. Mas por aqueles exatos dias eu não quis acreditar. Eu fechei os olhos para qualquer mágoa, para qualquer dúvida. Eu quis, pela primeira vez, viver a incerteza. Eu quis experimentar a olhos vendados o sabor da saudade. Preferi não ouvir justificativas e motivos, quis apenas viver. Pude afagar a saudade plantada aqui dentro, que nunca deixou de ser regada. Pude relembrar o cheiro e a textura da pele clara, das mãos junto às minhas. E tudo isso com a certeza, aqui dentro, de que era apenas por aquele momento, pelas 24 horas.

terça-feira, 6 de abril de 2010

É tempo de recomeçar. De partir do ponto final da linha e iniciar uma nova jornada, com novas expectativas e novas emoções. É tempo de reinventar, de criar e de ousar. O tempo agora é de superAÇÃO, de dedicAÇÃO. Tem uma hora na vida que é preciso separar o que foi vivido e o que é expectativa de se viver para então traçar a linha de partida ao encontro da chegada. As lembranças mais nostálgicas servem mesmo para reviver, mas num outro tempo. Eu passo a querer respirar outros ares, enxergar outras cores e aspirar outros sonhos. A batalha perdida de ontem serviu para traçar novas estratégias e os planos derrotados da semana passada serviram de experiência para o novo planejamento. Eu já posso sentir o cheiro da mudança, das boas energias. Eu já posso confiar na certeza e na vontade. Objetivo requer tempo, paciência, dedicação e fé.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Hoje eu fiquei sem saber o que pensar, sem saber existir. Falta um dia pra completarem os exatos vinte e cinco anos em que você veio ao mundo, em que passou a existir. A importância hoje não se revela tão ansiosa quanto a um mês atrás. A decepção passa a ser uma aliada a cada dia e a desilusão é agora uma certeza. Acreditar sempre foi uma certeza pra mim e desacreditar tem sido uma tarefa árdua, até que surgissem os primeiros desgostos e as primeiras atitudes desnecessárias que, com o tempo, me traziam a certeza de que não seria tão difícil assim. Eu passei a dormir sem dar ‘boa noite’ e a acordar sem dar ‘bom dia’. Não é difícil imaginar que no início o mundo parecia estar de costas viradas pros meus sentimentos, mas foi só depois que eu percebi que as costas eram as suas e os sentimentos em você não existiam. Eu cheguei a duvidar se tivessem, um dia, existido. Mas isso hoje já não me importa mais. Os ideais das pessoas que te cercam também não me importam mais como antes. Pensar em você tem sido uma tarefa menos constante e ter notícias suas não tem mais o significado de noite não dormida. Mas amanhã é dia de, uma vez mais, ter a certeza de que seguir em frente foi a melhor opção.