sexta-feira, 26 de março de 2010

Confesso que eu nunca fui adepta à teoria do tempo. Aquela em que dizem que o tempo cura. Pra mim nunca foi assim. O imediatismo sempre me impediu de seguir uma linha cronológica tão certa quanto o resultado dessa teoria. O tempo foi passando, as lágrimas secando e os dias que terminavam como céu cinzento, no outro amanheciam ensolarados. Um dia após o outro foi a receita exata para acalmar os pensamentos imediatistas e a ansiedade para então começar a exercitar a paciência. Voltar a ver cor nos meus dias tem sido algo encantador. Já comecei a me acostumar com a falta da rotina. Agora eu consigo olhar pra trás e perceber que o tempo que se passou não se relaciona com o tempo que imaginei ter passado. E consigo perceber que a teoria do tempo foi adotada para substituir o meu imediatismo e a minha ânsia de resultados. E o resultado veio. Não como antes planejado, mas já dizia o poeta: “o tempo não pára”. Ainda bem!

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