segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tente outra vez




Veja!
Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez...
Beba!
Pois a água viva ainda tá na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou! Não...
Tente!
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça aguenta se você parar
Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta, uma voz que dança,
Uma voz que gira... Bailando no ar
Queira!
Basta ser sincero e desejar profundo

Você será capaz de sacudir o mundo
Vai! Tente outra vez!
Tente!
E não diga que a vitória está perdida
Se
é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez!...
Tente outra vez - Raul Seixas


*Junto com esse post, um vídeo de um comercial em que mostra o Fenômeno, quando todo mundo pensou que ele estivesse perdido para o Futebol.
Foi em abril de 2000 a grave lesão no joelho direito, em jogo pelo Inter de Milão, que afastou o Fenômeno por um ano e meio dos campos.
Mas foi na Copa do Mundo de 2002, após a recuperação, quando ninguém mais acreditava nele que veio a superação. Foi o ano em que o mundo inteiro vibrou com Ronaldo em campo, que a partir das semi-finais apareceu com corte de cabelo estilo "cascão" e marcou os oito gols em sete partidas.
Ele recomeçou!
Aos poucos, devido a algumas contusões também, foi se ofuscando. Algumas vezes era quetionado sobre seu peso, como se sobressaísse isso mais que o seu futebol.
Em 2006, foi convocado para mais uma Copa do Mundo. Foi muito criticado por seu peso e, na partida contra o Japão se consagrou o maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Depois desse mundial, nunca mais foi chamado para jogar pela Seleção Brasileira do técnico Dunga.
Em fevereiro de 2008, num jogo pelo Milan, viveu um fato parecido com o de 2000, lesionou o seu joelho, saindo de campo em seguida, chorando.
Mais um vez o mundo todo pensou que o Fenômeno estivesse perdido para o futebol.
Mas foi em dezembro de 2008 que o craque Ronaldo se tornou manchete pelo mundo todo ao integrar a família do Corinthians. Foi anunciada a sua contratação num time brasileiro, depois de quase quinze anos jogando no exterior.
Em 2009 o Corinthians, já com o Fenômeno, conquistou o Campeonato Paulista depois do rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro em 2007, incendiando a torcida corinthiana.
O Fenômeno também foi o segredo e a peça-chave para que fosse fechado o maior patrocínio na história do futebol brasileiro. Gera lucros fenomenais aos patrocinadores e ao clube brasileiro em que joga.
Ele se superou!
Foi o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, eleito três vezes o melhor jogador do planeta pela FIFA, além de ter sido eleito também o artilheiro em outros campeonatos que disputou.
Em nenhum momento ele desistiu.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pendurada no varal


Pare de falar, escute. Tente compreender.
Analise os fatos, os motivos. Dê credibilidade ao tempo.
Tempo... este que tem me faltado ultimamente. O tempo do lado esquerdo da vida.
Pendurar minha vida no varal tem sido doloroso também para mim. Juro!
Mas eu acredito que cada um sabe e entende o próprio momento.
Como Caetano Veloso mesmo diz, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", e sabe.
Relembro fatos, acontecimentos... sim, também entendo.
Mas enfim, apenas um momento, compreende?
Vais entender, eu sei. Vais ter orgulho um dia, eu sei.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Chuva lá fora


Acho que pior que as convicções são as desconfianças. 
E acho tão insensível viver de desconfiança...
Você simplesmente não absorve, desconfia.
Vive cada momento disputando um jogo dos 7 erros.
E a essência não é pura se sentida assim.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Câncer do coração




Eu não quero viver de record*ações rancorosas. Não!

Não quero que as decepções sejam enumeradas em listas tais quais as de produtos faltantes nas prateleiras da despensa para então serem lembretes de compras em mercado. 
E quando eu digo decepção, eu me refiro ao real significado, à literalidade da palavra. Mas não pense assim, que os anos passarão e a decepção caminhará contigo, "sempre ao seu lado". Não!
E não se trata aqui da ameaça nem de teatro de fantoches, muito menos de robótica orgânica. Aqui me refiro à desistência real, à fadiga, cansaço e falta de ânimo.
Se nada mais adiantar, game over. Entrego os pontos, pois o possível eu tenho ciência que sim, eu fiz. Além disso, eu pude também olhar ao redor e reconhecer, ou seja, re-conhecer... exatamente como você acredita, conhecer uma vez mais, já que "de novo" foi assim.
Mas no meu tabuleiro eu não admito trapaças. Nesse jogo, quando se perde, caia fora, pois não há tentativa após persistência total na frustração.
De que me adianta uma experiência cheia de mágoas e rancores? Não, eu não quero. Acredito que o tal do rancor é o pior câncer do coração. Corrói, esfacela e apodrece. Chega uma hora que nem o perdão, nem o reconhecimento e a humildade são capazes de trazer a cura. O rancor toma o coração. É não vai ao encontro dos meus princípios apodrecer assim.
E de pensar em abaixar mais, humilhar mais e mais, não! Eu não posso aceitar uma culpa eterna...  Unilateralidade ou egocentrismo já ultrapassaram os tempos.

"Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou e me atirou"

- Caetano Veloso -

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Recomeço


"Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor

Pra recomeçar

Pra recomeçar..."

Recomeçar é sinônimo de injeção de ânimo, coragem e força para partir do ponto de parada e (re)iniciar a nova caminhada.
O cansaço foi persistente. Eu demorei tempos para perceber que o recomeço é um certificado de honra também.
Melhor que a desistência e a covardia é a ousadia da coragem, eu aprendi.

Ainda que nada seja nos moldes programados e nos modelos previstos, foi assim.
Foi desse modo, com a escolha mais certa.
E como você mesmo diz, a melhor premiação já nos foi garantida.

sábado, 17 de julho de 2010

Receita - ao contrário.



Faça isso.


Pegue a receita concedida com prazer e use-a ao contrário.
Faça a descrença valer mais que as palavras e os fatos mais que sonhos.
Faça "des"acreditar. Pratique a decepção.
Deixe os planos na folha de rascunho esquecidos.
Esqueça também as poucas promessas.
Risque a folha de planejamento, rasgue as lembranças.
Dê valor ao arrependimento. Às escolhas errôneas.
Deixe um bilhete antes de ir avisando-me se vale a pena esperar.
E só apague a luz quando sair.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Recomeço


Há sempre histórias.
Algumas são aquelas vividas de forma instantânea, que chegam a ser profundas, mas passageiras. Outras, apesar de instantâneas também, são mais intensas e deixam sempre saudade.

Conhecer realmente uma pessoa em tão pouco tempo é algo extraordinário. A consciência do conhecimento imediato dá a intensa sensação de sinceridade e total entrega.

Eu podia ler os olhos. Eu podia sentir o cheiro da pele e podia desejar. Apenas. A sinceridade acondicionava às conseqüências... e eu optei por não ultrapassá-las, diferente do que senti.

Sem explicação qualquer houve a ruptura imediata de carinho absorvente, de necessidade envolvente. Eu desisti de querer não mais sentir. Mas foi após a conversa sincera que eu decidi não mais resistir.

Optei por discursar os insanos pensamentos, os sinceros sentimentos e os mais secretos acontecimentos. E passou.

Recomeço a escrever outro capítulo. 

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Bula


Remédio pra consumir em doses homeopáticas, diárias e de uso contínuo.

Não há contra indicações em caso de superdosagens.

domingo, 4 de julho de 2010

Pré conceitos


Opiniões pré concebidas não fazem o meu estilo. Estilo de pré julgamentos e pré moldagens nunca me foram bem vistos.

Eu sou da opinião de receber às claras as idéias de forma mais transparentes, na pura inocência, para só então, depois de um tempo suficiente, poder ter à frente minha própria conclusão.

Meu “conceito” é moldado com o tempo, de forma com que a sinceridade da convivência possa me mostrar os defeitos e os atributos. De forma com que possa ser escrito pelo próprio sujeito passivo, sem minhas cômodas intervenções ou de terceiros.

Mas não é de se estranhar dizer que existem certas exceções para determinadas regras. E é quase absoluta a afirmação de existir uma exceção para cada regra.

A exceção a que me refiro no momento é a sua. Ou você. No meu conceito coube a exceção do seu pré julgamento. Da sua pré moldagem feita por mim.

O contraste que enxergo hoje se revela nas suas atitudes que são opostas a tudo que eu esperei. Incrível o resultado da equação pré concebida. É o oposto do resultado que eu tinha, é o oposto do gabarito elaborado por mim.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vocabulário da Vida



Eu gosto de postar rascunhos rabiscados por mim mesma.
Aqueles desamassados da lata de lixo, depois de arremessados na tentativa de riscar outro rascunho.
Mas esse texto, de Luiz Gonzaga Pinheiro é realmente lindo.
É o vocabulário da vida explicado com sentimento, sem formalidades.
Para se consultar sempre.

"Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica. 
Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta. 
Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser amigo que ainda não abraçamos. 
Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte. 
Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o fago em caca dedo. 
Ciúme: É quando o coração fica apertado porque confia em si mesmo. 
Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que o tratamos. 
Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama. 
Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás. 
: É quando a gente diz que vai escalar um everest e o coração já o considera feito. 
Filhos: É quando deus entrega a jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la. 
Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia. 
Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante. 
Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro. 
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama. 
Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele. 
Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.
Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser. 

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade. 
Netos: É quando deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los. 
Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia. 
Orgulho: é quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante. 
Paz: É o prêmio de quem cumpre o dever. 
Perdão: é uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria. 
Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz. 
Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores. 
Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece. 
Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz. 
Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo. 
Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro. 
Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio. 
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho. 
Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto. 
Supérfuo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro. 
Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas. 
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior".

Texto retirado do livro: "O homem que veio da sombra".


terça-feira, 22 de junho de 2010

Who knows?


Os dias se aproximam e a ansiedade passa a não caber mais no bolso, esvai-se num sorriso, num olhar, até mesmo nas palavras.
Eu não percebo mais os detalhes dos dias que estão passando, pois as marcas no calendário me deixam a certeza da importância da espera.
Na verdade a espera é minha e a importância atribuída a ela também. Não posso transferir uma felicidade que é só minha. Não que eu quisesse ou que eu a guardasse pra mim, não.
Analisando os fatores do tempo é possível concluir pela decadência e sim, a inércia também foi minha. Admitir pode também ser uma forma de atribuir uma desculpa para tentar entender, e eu prefiro assim.
O tempo nunca parou para segurar a espera e um pouco da ansiedade. E eu pedi tanto... Mas nenhum de nós podia deixar de lado as pertinências do dia-a-dia para mergulhar na bolha criada há alguns meses... daquele tempo.
A história, então, foi se tornando “estória” e o tempo foi apagando da memória as lembranças. Foi ficando cada dia mais difícil o pensamento fazer referência àqueles tempos e as “pedras” encontradas no caminho foram servindo de ferramentas para o esquecimento.
Até que sem eu me dar conta, percebi que o capítulo do livro havia terminado e a próxima página estava em branco, sem nem haver continuação... nem fim.

“Se a gente não tivesse feito tanta coisa,
Se não tivesse dito tanta coisa,
Se não tivesse inventado tanto,
Podia ter vivido um amor Grad’ Hotel
Se a gente não dissesse tudo tão depressa”
- Kid Abelha -