quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

- "Vai, Maria, siga a vida toda essa mesma vida"



Maria tinha medo da vida. 
Tinha medo do certo, do incerto e das certezas. 
Tinha medo dos encontros, desencontros e desafios. 
Maria tinha medo até da certeza mais exata.

De tudo, o medo nunca passou. Maria nunca arriscou.
A vida continuou na 'mesmice' de sempre. Maria se contentou.
De resto, os sonhos não passaram de sonhos que se sonham à meia noite. Maria teve medo até de sonhar.

Um nunca permitiu. Maria sempre 'ressentiu'. E a cápsula nunca explodiu.

She lives in a bubble. And he never allowed her to leave.

"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão 
Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção

[...]
Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter"


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Uma fábula inventada


Um dia, ganhei um vaso de terra do meu vizinho. Dizia ele que eu teria que cuidar, até brotar um caule fino, com raízes rasas, pois depois se tornaria um vaso cheio de pimenta, com raízes mais fortificadas e muito bem cultivadas.
Ainda que eu olhasse com carinho para o vaso de terra, nada imaginei. Com o tempo, cuidando todos os dias, nasceram vários caules, tão finos quanto os que aquele dia o meu vizinho descreveu. Não sei se foi excesso de sementes ou o cuidado mesmo, mas nasceram tantos caules, tantos "pés", que teve ele que "ralhar".
Sem entender, observei. Ele arrancou os caules mais finos, com as raízes mais superficiais, do meu vaso de planta, implantando-os em outro vaso. Da mesma "leva", dividiram-se em dois vasos.
As minhas que continuaram mantiveram o crescimento das raízes firmes, engrossando o caule a cada dia. Hoje brotam as primeiras pimentas, ainda verdes.
O outro vaso, aquele o qual foram replantados os caules com as raízes ainda muito novas, cresceram, talvez com uma capacidade de adaptação, porém, com as raízes sempre prontas para a próxima mudança.
Eram sementes do mesmo saco, da mesma origem.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um minuto para reflexão



O ano acaba amanhã, exatamente à meia noite. Como passou rápido...


Em um minuto para reflexão, divido os 30 primeiros segundos em felicidade, relembrando todas as conquistas, os abraços, os amigos e os sorrisos, seguidos de 30 segundos de tristeza, relembrando os tropeços, as quedas, os machucados e as cicatrizes.


Inevitável. Não só de amor é feita a vida, nem só de alegrias ela é traçada.
Como diz o ditado popular, é necessário cair para aprender a andar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Despedida



Fogos mais ou menos depois do horário do intervalo é sinal que mais uma turma de Direito se formou.
Por um segundo bastante longo me lembrei de detalhes do dia que me despedi da Universidade a qual passei cinco anos.
A felicidade versava as lamentações.
Por um lado...
Uma etapa eu estava cumprindo, o que me fazia feliz.
A foto que quase não conseguiu ser enquadrada, de tanta gente, registrou um momento quase único.
Os abraços de despedida e desejos de sucesso.
Por outro lado...
Lamentei meus professores-amigos e funcionários-amigos que fiz por lá e os encontros diários.
Além dos colegas que eu sabia que não teria contato depois.
Até mesmo a rotina... senti saudades antes de sair da rotina.


Os amigos nem tanto, porque a gente espera carregar pra vida toda.


Todas as vezes que eu ouvir e ver os fogos vindo daquela direção eu vou sentir a mesma emoção daquela noite.


*N-101

sábado, 20 de novembro de 2010

Simplicidade

 
                   h
                   u
            s  i  m  p  l  i  c  i  d  a  d  e
                    i
                    l
                   d
                   a
                   d
                   e

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sopra pr'outro canto


*A vida imita a arte. Ou a arte imita a vida.

"Quando acende esse cigarro
Eu vou e tiro sarro
Deixando o colo teu
Traga e sopra pr'outro canto
Virando o rosto tanto
Giro qu'o charme deu
Mas, no fundo, eu admito
Olhando assim de lado
Eu... te acho tão bonito
Quando eu conto d'um sujeito
Cê logo encolhe o peito
Supondo uma intenção
Acha qu'eu queria ter
Um homem de tevê
Que veste a perfeição
Se pedir eu ainda grito
Até d'olhos fechados
Eu... te acho mais bonito!"




terça-feira, 12 de outubro de 2010

Every time I look at you, I see something new



*Verdadeiramente um rascunho, pois encontrado em meio a "postagens" escritas, porém, não publicadas.


É bem assim. A gente nunca sabe o que esperar. Eu, pelo menos, nunca sei.
O olhar mais doce de um momento pode se tornar o avesso, em segundos. O chocolate de início, intencionalmente pode retardar. Mas tem que ter cuidado para não derreter.
As palavras ásperas podem se tornar pedido de desculpas no outro dia, seguido de surpresas adoráveis. A pizza pode se tornar também o prato preferido, instantaneamente, da mesma forma como a dúvida há muito deixou de existir, certo? 
Sim, agora a certeza.

E esse vídeo de hoje, ainda que antiguinho, foi o meu achado.
Sim, encontrei!


Assim, o post de hoje também vai pra você.
Obs.: O pára-quedas pode ser trocado por um parapente, ok?


"Looking at the pages of my life
Faded memories of me and you
Mistakes you know I've made a few
I took some shots and fell from time to time"
- All about loving you - Bon jovi -

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

John Lennon



O Google me diz que o aniversário de John Lennon seria hoje, completando 80 anos, se estivesse vivo. Já a Wikipédia me diz que seria o meu parceiro em data de aniversário, completando os 80 somente amanhã.

Apesar de que esses números (8 e 9) foram mesmo presentes na vida de John. Nascido em um desses, foi no dia 9 de dois meses distintos que gravadoras assinaram com os Beatles. No dia 8 teve seu primeiro filho com a sua primeira mulher e no dia 9 de outro mês e alguns anos depois conheceu a artista plástica Yoko, que, no dia 9 de outubro, em alguns outros anos depois, lhe deu o seu segundo filho. Por fim, foi no dia 8 de dezembro de 80, em frente ao Central Park que John foi assassinado com quatro tiros de revólver calibre 38 por um fã que lhe abordou pedindo um autógrafo em um LP.

Na dúvida, um post hoje, do “cara” que foi um ícone como fundador do grupo “The Beatles”, músico, revolucionário, marido da Yoko Ono e ativista anti-guerra e anti-religião. Imagine...

"You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one"
- Imagine - 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

São Miguel


Não diria que é "saudade", propriamente dita.
Diria que é um certo sentimento de "pôxa, se perdeu no tempo" (eu sei que o "poxa" não conta com o acento circunflexo, mas serve ele pra acentuar a minha expressão, entende?)
Pois é. Mas eu vou começar do começo.

Um dia, por ocasião dos acontecimentos naturais da vida, me deparei com uma turminha demais e já formada (entre eles).
As circunstâncias fizeram com que a rotina nos apresentasse melhor uns aos outros e as brincadeiras pouco sutis nos fizeram, por um tempo, próximos.
Com isso, participamos juntos de aniversários, casamentos, filmes, macarronadas, churrascos e dias de conversas, fazendo exatamente "nada".
E foi exatamente do "nada" que as coisas caminharam por trilhas opostas. A vida foi traçando caminhos diferentes para alguns, eu fiz parte desses alguns.
Mas fica aqui comigo, ainda, a lembrança do aniversário de 2007, numa manhã em que o café da manhã foi surpresa no meu dia, em que essas pessoas fizeram com que eu guardasse lembranças afetivas por anos, os quais eu nunca quero esquecer. O bolo feito por quem não costumava fazer, o suco destinado especialmente a quem não costumava beber gaseificado, a presença matinal de quem não costumava... Foi incrível, pessoas!
E depois de três anos, mesmo tendo passado por outros tão queridos aniversários, eu consigo me lembrar de quão querida foi aquela manhã com pessoas as quais eu realmente queria hoje, o contato de antes.

Eu entendo que algumas pessoas passam por nossas vidas com algum objetivo e que, depois de cumprido, é hora de tomar o aprendizado para si e seguir em frente, lembrando sempre que alguém foi especial no momento em que você precisou e que ainda existe pra você.
Tanto existe que, até hoje, eu guardo comigo o cartãozinho de Natal tão lindo que nunca vai se perder por outros caminhos, porque vai sempre estar comigo.

São também as lembranças que nos fazem dar importância ao passado. Não que seja "passado", propriamente dito. Diria que é um certo momento que aconteceu. 
Pois é, mas eu não vou começar do começo novamente, certo? ;)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Flores





"Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro...
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
...
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes..."

*Olho no espelho e enxergo o que não quero ver. Assim como escuto o que não quero ouvir. Devo?
As lágrimas são mesmo um desafogar do sufoco, da angústia e uma expressão da dor.
O sono, ainda que não venha por si, o faço chegar, forçado, pra dor passar.
São restos de inverno que esqueceram de levar.
O ano novo esperado não chegou, retardou.
4 dias de inferno. É isso? E depois?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Caution!


O sentimento de amor é recomendado pelos românticos, mas não pelos que um dia já viveram-no.


Pode ser prejudicial, pode causar dores de cabeça, depressão e insônia.