Eu realmente sei que ninguém nasce do nada e sem cordão umbilical... eu sei.
Me lembro de ter aprendido com a minha professora de Ciências, no ensino fundamental, que o bebê era gerado da barriga das mães. Nunca mais esqueci.
Não tive irmãozinho mais novo pra poder ver a barriga da minha mãe crescer e ficar do tamanho de uma melancia, mas me lembro da minha tia reclamando do peso da barriga, que mais parecia uma bola daquelas coloridas que são (ou eram) vendidas na entrada dos parques de diversões. Ela dizia que o meu primo estava lá dentro...
Um dia eu fui visitá-la no hospital toda feliz, pois a notícia era que o meu priminho havia "saído da barriga" da minha tia. Tá, sair tudo bem, vc faz um corte e pronto. Mas... como ele havia entrado? Depois eu aprendi.
Ainda nesse contexto, me lembro que ele tinha uma "gelatina em formato de cobrinha" grudado no umbigo. Minha mãe dava banho nele e tinha o maior cuidado com aquilo. Dizia que era o umbigo. Poutz, eu olhava pro meu... e não tinha aquele "negócio" pendurado. Ainda bem, eu pensava. Depois eu aprendi.
Aprendi porque a minha mãe me explicou que o bebê, quando está dentro da barriga, é alimentado pelo cordão umbilical que liga a mãe à ele. Ou seja, na época, aprendi que o cordão umbilical é essencial e mantém a mãe ligada ao seu bebê.
Me disseram que o médico corta o cordão umbilical quando o bebê "sai da barriga" da mãe para crescer, se desenvolver e ter a sua própria vida, um dia. Isso eu entendi mais tarde, quando vi a minha vizinha chorando por ter o seu filho entrado num táxi com uma mala, indo estudar em outra cidade. Daí eu aprendi porquê daquele "corte do cordão umbilical" que ligava à mãe.
E quando eu aprendi, não parou por lá. Continuou, porque eu nunca entendi porque as pessoas já adultas, que não tem mais aquela "cobrinha gelatinosa" pendurada no umbigo, ainda preservam um cordão umbilical imaginário...
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